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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Revisão


Eu fazia aquele caminho todos os dias. A oficina ficava no meio do trajeto entre minha casa e meu trabalho. Sempre que parava o carro no semáforo próximo, observava aqueles homens trabalhando, na maioria das vezes sem muito interesse.
Em uma segunda-feira, nas proximidades de um feriado prolongado me vejo as voltas de organizar minha viagem e um dos itens a providenciar era a revisão do carro.
Logo pela manhã, antes de ir ao trabalho, paro na tal oficina e sou atendida por um homem alto, de expressão marcante, de voz grossa e mãos grandes. Confesso que não consegui conter meus olhares de interesse, aquele homem mexeu com minha libido. Combinamos que ele me ligaria para dizer quando o carro ficaria pronto, na melhor das hipóteses até o final do expediente. Segui para o trabalho de táxi. Durante o resto do dia aquele homem não saiu da minha cabeça, não sabia bem por qual motivo, mas nem consegui me concentrar naquele dia.
No final da tarde, o telefone toca, era ele. Meu corpo inteiro estremeceu ao ouvir aquela voz grossa dizendo meu nome. O carro só estaria pronto no dia seguinte, no final da tarde. Voltei para casa e notei que de alguma forma eu estava muito ansiosa por ir buscar meu carro no dia seguinte. Mal dormi aquela noite...
Acordei com um gosto doce na boca. Aquele gosto que sinto toda vez que acordo em um grau de excitação tremendo... Coloquei um vestido leve, de alcinhas, desses que se usa sem sutiã e que o tecido acaricia de leve o corpo, calcei uma sandália de saltos e coloquei uma calcinha extra na bolsa, pois algo me dizia que ela seria necessária.
Ao trabalho. Mais uma vez não consegui me concentrar, a imagem daquelas mãos e o som daquela voz não saiam da minha cabeça. No final da tarde, antes de sair, liguei para a oficina para me certificar de que poderia ir buscar o carro. Ao escutar aquela voz inconfundível ao telefone, uma onda de calor percorreu todo meu corpo e eu me senti queimar, arder e agora reconhecia muito bem aquela sensação: desejo, puro tesão.
Ele me disse que o carro já estava pronto e que a oficina fechava as 18h, mas que mesmo que todos saíssem ele me esperaria se fosse necessário. Aproveitei para dizer que me esforçaria para chegar até as 18h, mas reiterei que poderia me atrasar um pouquinho. Meu corpo continuou queimando ao desligar o telefone.
Bem perto das 18h chamei um táxi, fui ao banheiro, arrumei os cabelos, retoquei a maquiagem, me perfumei e para minha surpresa, tive que usar a calcinha extra antes do esperado, pois a que eu usava estava encharcada...
No caminho, me vi torcendo para que eu chegasse depois das 18h e o encontrasse sozinho. Trânsito, chuva, cheguei as 18:30. Assustei-me ao ver a oficina fechada até que notei a porta lateral semi aberta. Entrei. Chamei. A resposta veio naquela voz que tanto mexeu comigo: “aqui em cima, no escritório!”. Sem hesitar subi as escadas em direção a voz. Empurrei a porta e lá estava ele, sentado em um sofá de couro escuro numa salinha pequena, que além do sofá tinha uma escrivaninha e duas cadeiras. Fiquei assim, parada na porta observando o ambiente. Ele levantou-se, caminhou em minha direção e disse: “seu carro está pronto madame”. Eu apenas sorri. Ele andando em minha direção e eu em brasa, não podia me conter, iria tê-lo ali, não tinha mais volta.
Continuei parada na porta e ofereci resistência quando ele tentou passar sem propriamente me pedir licença e colocou as mãos na minha cintura, me forçando para o lado. Com a minha resistência nossos corpos ficaram colados, estava criado o clima, só senti sua respiração próxima ao meu rosto e me virei oferecendo meu pescoço como uma escrava que alimenta a seu senhor vampiro. Ao contrário de mim, ele não ofereceu qualquer resistência e nem poderia. Suas mãos envolveram minha cintura e eu pude sentir seu membro pulsante colado em mim. Sem titubear ele colocou as duas mãos nos meus seios, com uma firmeza suave ao mesmo tempo que me beijava o pescoço.
Estava completamente entregue, ficamos por algum tempo assim, nos tocando, sem dizer uma palavra. Com um movimento firme, ele segurou os cabelos da minha nuca e me beijou. O volume que eu sentia contra o meu ventre indicava que eu teria uma surpresa enorme. Fui conferir com uma das mãos e constatei que realmente era enorme e estava tremendamente duro. Não via a hora de tê-lo cravado dentro de mim.
Num movimento rápido ele me levantou e me jogou no sofá, cai sentada e não tive tempo pra mais nada, ele levantou meu vestido e não se fez de rogado, com um puxão arrancou minha calcinha e caiu de boca entre minhas pernas. Eu estava enlouquecida! Segurei sua cabeça firmemente entre minhas pernas e me entreguei, senti aquela onda de calor forte, meu corpo estremecer e assim gozei. Sem dar tempo para eu me refazer, ele tirou as calças e me penetrou com força, profundamente, com estocadas firmes que me faziam sentir um prazer imenso em tê-lo dentro de mim. As suas mãos segurando fortemente minha cintura e marcando seu ritmo, eu via em seu rosto aquela expressão pura de prazer que só vemos nesses momentos de tesão intenso. Não agüentei por mais muito tempo e mais uma vez comecei a sentir meu corpo todo trêmulo, não consegui segurar meus gemidos de prazer e voltei a gozar. Vendo-me assim, entregue, invadida, esfolada, ele também começou a gozar e eu me senti inundada por aquele homem. Ficamos ali, com os corpos relaxados e extasiados com aquela sensação de que o mundo parou por uns segundos.
Desde então, costumo levar meu carro para uma revisão mensal.

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