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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Que tal um cinema?

Domingo, fim de tarde. Antes de a semana começar, já estou pensando em como será cheia...
Toca o telefone, meu corpo todo estremece, é você. Acho estranho, faz tempo que não me liga. Atendo. Convidas-me para ir ao cinema. Aceito. Passa para pegar-me em uma hora. Mesmo sem querer acabo por arrumar-me como você gosta, hidratante pelo corpo, lingerie preta, vestido, pouco perfume, maquiagem suave, cabelos soltos. Já pronta, fico a te esperar na sacada, sentindo o vento envolver meu corpo e bagunçar-me os cabelos...
Tu chegas. Sai do carro, beija-me o rosto e posso sentir que esta com a barba por fazer, parece que ainda se lembra que é assim que gosto. Gentilmente abre a porta do carro para que eu entre. Conversamos coisas corriqueiras, como andam nossas vidas, trabalho, afazeres. Antes de decidirmos que filme assistir, a mesma discussão de sempre, acabamos as gargalhadas ao perceber que pouco mudamos.
Filme decidido, ingresso comprado, já na fila sinto teu corpo tão próximo do meu, como há muito não sentia e recordo-me do quanto você me atrai. Lembro-me do quão excitada ficava só de sentir teu cheiro e vou me deixando levar por esses pensamentos e começo a procurar teu aroma no ar. Parece-me que pela tua cabeça passa algo parecido... Logo nossos corpos se encontram e esse abraço acende algo que eu achava que estava extinto em mim: o desejo por você.
Abrem a porta. Escolhemos lugares ao fundo. Creio que por obra do destino ou mesmo por pura sorte, o cinema está quase vazio. Apagam-se as luzes. Começa o filme. Nem consigo me concentrar, as sensações que me foram despertadas impedem que minha atenção se volte a qualquer coisa que não seja você.
Beijamos-nos. E mais uma vez. E outra. E mais ardentemente...
Minhas mãos percorrem teu corpo, um caminho já conhecido, mas a sensação que tenho é que o toco pela primeira vez... Ah, como gosto de sentir-te endurecer em minhas mãos!
Tuas mãos passeiam pelo meu decote. Teus dedos brincam com meus mamilos que estão a acender. Já sinto aquela vontade quase incontrolável de estar por cima de ti e ser penetrada por você. Escorrega tuas mãos por entre minhas pernas, invadi-me as saias e sentes o quanto estou molhada. Olhas-me com aquele ar de menino levado que esta prestes a fazer arte. Com um sorriso carregado de luxúria, te digo que sim, podes fazer a arte que quiseres.
Desaperto-lhe o cinto, abro-lhe o zíper e ali mesmo, enquanto tu me tocas, me penetras com teus dedos, me fazendo sentir na pele o porquê de sempre me render a ti, masturbo-te, esperando a oportunidade de devorar-te, sentir teu gosto em minha boca e fazer-te gozar...
Ao fim da sessão, não me lembro ao certo detalhes do filme, mas se me perguntares se foi bom, ah sim, foi!

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