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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Não-convencional?

Noite quente de sexta-feira, esperei a semana inteira pra te ver e fazer algo que deixe minha noite mais quente. Ansiosa, afinal você me prometeu algo diferente, fazendo minhas tuas palavras: “vamos fazer algo não-convencional”. Topei, assim mesmo, sem saber o que seria.

Vou para o banho, me contendo pra não me tocar pensando em você e no que você estaria planejando para nós essa noite. Coloco um vestido soltinho, que deixa boa parte da minha pele a mostra, como você gosta. Acabo de me arrumar, me olho no espelho e resolvo dar minha contribuição para esta noite: vou sair sem calcinha. No começo é estranho, engraçado até, mas aos poucos a sensação do tecido tocando minha pele nua, sem nenhuma roupa íntima começa a me excitar... Mais uma vez me contenho e passo a esperar tua chegada.

Como sempre pontual. Elogia meu perfume, meus cabelos, o mesmo ritual de sempre que termina em um beijo molhado acompanhado de um sorrisinho safado. Você me pergunta se estou pronta e eu retruco: “pra quê?”, você apenas diz: “vamos sair pra dançar”. Confesso que fiquei desapontada, mas achei aquilo muito estranho: “você não gosta de dançar!”. “Está pronta ou não?”. Sem entender nada respondo: “estou...” Mais nenhuma palavra é dita durante o caminho e essa ansiedade misturada ao fato de eu não estar entendendo nada me irrita e ao mesmo tempo me excita de um jeito estranho. Decido que esta noite vou me deixar levar...

Chegamos. Lugar bacana, gente bonita, música alta. Nada parece com você e já começo a achar que seu conceito de “não-convencional” não bate com o meu conceito de “não-convencional” quando você me leva para um canto da pista onde tem algumas mesas e está mais escuro que o resto do lugar. Escolhemos a mesa mais ao fundo de onde se podia ter uma visão parcial da pista. Começamos a nos beijar e pela intensidade do beijo começo a entender onde isso vai chegar. Tuas mãos estão agora sobre os meus seios e eu estou constrangida e excitada, mas prometi me deixar levar, então nem tive coragem de tirar tua mão dali, apenas fechei meus olhos e senti. E como é bom sentir tuas mãos quentes no meu corpo! O vestido leve facilitava tuas mãos correrem livres dentro do meu decote... Teus lábios foram percorrendo meu pescoço até chegar ao meu ombro e tua mão foi igualmente acompanhando a descida até entrar embaixo de meu vestido. Sinto teu corpo estremecer quando percebes que estou sem calcinha e sussurra em meu ouvido: “ah, você é gostosa demais, molhadinha desse jeito eu não agüento”. Retruco: “Quem não agüenta sou eu”. Abro meus olhos, com medo de estarem todos nos olhando, mas na rápida olhada que dou em volta, parece que ninguém está percebendo nada, a não ser por um rapaz encostado em um pilar, na pista, do outro lado, mas ele está tão longe que com certeza não esta vendo o que acontece...

Minha vez de te sentir. Abro tua calça e enfio minha mão dentro de tua cueca e te sinto tão duro que minha vontade é arrancar tuas calças e te chupar ali mesmo, no meio de todos. Mais uma olhada em volta e aquele rapaz, o do pilar, agora está parado no meio da pista, olhando em nossa direção... tenho a certeza de que ele sabe o que estamos fazendo e estranhamente isso me dá mais vontade de continuar, só que agora, com os olhos abertos. Tua mão ainda está debaixo do meu vestido, olho pra você e pergunto: “não se importa se alguém estiver nos olhando?” “Não. Acho que poderia até ser divertido”. Aponto-te com a cabeça em direção ao rapaz, você entende e olha pra lá e sem mais palavras, apenas olhares lascivos entre nós e em direção ao estranho, afasto minhas pernas e você toca lentamente meu clitóris e coloca devagar dois dedos dentro de mim. O rapaz se aproxima e agora sim tenho a certeza de que ele está vendo tudo. Ele ainda fica um tempo parado nos olhando, enquanto você vai aumentando a velocidade com que me toca e a intensidade com que penetra teus dedos em mim. Estranho, não sinto mais medo e muito menos vergonha, só uma vontade maluca de continuar com aquilo sem saber onde vamos parar. Você tira as mãos debaixo do meu vestido e me puxa pra você, levando minha mão pra dentro da tua calça mais uma vez. Acho que nossos olhares serviram como um convite para o rapaz que agora está bem próximo de nossa mesa. Continuamos a olhá-lo e eu a te masturbar, até que ele senta ao nosso lado. É um homem bonito, de olhos castanhos penetrantes, barba com ar de desleixada, cabelos encaracolados e um sorriso enigmático...

Essa loucura toda me deixa alucinada. Já sem saber o que fazer, se devo continuar, ir em frente com essa loucura ou sair dali e esquecer que isto está acontecendo, você me beija freneticamente e nos convida, a mim e ao estranho: “que tal sairmos daqui?
Não acredito no que estamos fazendo, saindo os três dali, entrando no carro e parando no motel mais próximo. Mas eu estava gostando, gostando muito, mais do que deveria, afinal ele é um total desconhecido e foi aí que me dei conta: um total desconhecido, por isso estou gostando...

Não penso em mais nada, apenas olho pra estes dois homens e devagar, me exibindo, abaixo as alças do vestido que escorrega pelo meu corpo e cai, me deixando totalmente nua e completamente indefesa. Sentir-me assim excitou-me ainda mais e eu achei que explodiria de tanto tesão. Você se aproxima de mim, cola tua boca na minha e também se despe. Agora me aproximo do rapaz, você vem junto e enquanto ele se perde em meus seios nós o despimos inteiro. Ele me morde os mamilos enquanto você por trás dele me beija quase insanamente. Deixo com que ele vá descendo os lábios pelo meu corpo até me beijar entre as pernas. Estremeço inteira, solto gemidos baixinhos, estou ofegante e querendo mais. Você como se percebesse se coloca por trás de mim e com uma mão acaricia meus seios e com a outra me puxa os cabelos na nuca, enquanto me morde o pescoço e os ombros. Fecho os olhos e deixo-me levar... Logo sinto teu pau duro forçando a me penetrar, enquanto ele me chupa. Entrego-me. Não tenho mais nada a fazer a não ser me entregar a esta fúria que toma conta de mim, que me obriga a me entregar. Você me penetra com força, eu solto um gemido alto e peço pra você continuar, peço aos dois que continuem...

De repente você sai de dentro de mim, senta-se na poltrona e começa a nos observar, meu corpo se contorce de tanto prazer e vejo nos teus olhos o que você quer... Abaixo-me, colo minha boca na dele, sinto o meu gosto nele, mordo seu lábios e sussurro: “vem”. Afasto-me dele e me aproximo de ti, ajoelho a tua frente e começo a te chupar enquanto ele me penetra por trás. Ouço teu gemido de prazer e vejo tua cara de satisfação, com teu sorrisinho safado e adorável, você se encurva em minha direção e diz em meu ouvido: “te disse que hoje seria inesquecível”, te devoro com mais vontade e penso: “isso sim é não-convencional”.



Foto: Literotica

2 comentários:

  1. Adorei.. este conto é um desejo por realizar ou foi algo que aconteceu mesmo?!?!

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  2. Rusty... Prefiro deixar-te na dúvida, rs, assim tua imaginação pode responder tua pergunta...

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